terça-feira, 5 de agosto de 2008

Stop cururu

O verborragia andou quieto nos últimos dias. O língua voltou, o tempo é escasso, a criatividade é nula.

Mas tamos aqui, pro que der e vier. É nós.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

It's back

Língua de trapo.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Saudades

Ando a fins de voltar a escrever no Língua de trapo.

Segura a onda, malandro

Não sou forte nem frio, nem fuderoso nem calculista.

Mas queria ser, viu.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Tuiuiú

Usar a lógica para resolver questões emocionais. É a minha sina.

domingo, 27 de julho de 2008

Head count

Ô semana fudida, esta. Até voltei tomar remédio, coisa que odeio fazer. Sem receita, o que é pior. Não há como evitar, sou um cara químico. Fui amarrar o espelho na porta pra passar a máquina no cabelo, deixei a porra do espelho cair. Era só o que me faltava, sete anos de azar.

Se eu cruzar com um gato preto, meto-lhe uma bicuda no meio do olho do cu. Palavra.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Fluoxetina

Tomei um remédio hoje, que talvez não devesse ter tomado. Se bem que.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Exorcismo profissional

Ontem o dia amanheceu tenso, anunciou-se uma bosta e terminou excelente.

Hoje o dia amanheceu chuvoso, não anunciou-se porra nenhuma e já virou uma bosta.

E é favor não me encher a porra do saco.

terça-feira, 22 de julho de 2008

No time

Nem pra dormir se tem mais tranquilidade.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Fat

Tô obeso. 95 quilos e alguns gramas. 1 metro e 74 centímetros. Sebento. Roliço. Gordo. Balofo. Nojento. Asqueroso. Chupeta de baleia.

E quer saber ? Foda-se.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Corporativismo

Se há uma coisa nesta vida que eu odeio é a cultura corporativa. Reuniões, conduta, marketing pessoal, roupa fina, barba feita, vocabulário formal, restaurantes caros, puxa-saquismo, lambe-saquismo, pela-saquismo.

Tem um cara aqui no trampo, tão lambe-saco, que se o presidente da empresa for tirar uma radiografia dos pulmões, o cara vai aparecer lá, abanando e soprando.

Vô-te.

Nasci pra ser pobre mesmo. E é por isso que mês que vem vou fazer mais uma tatuagem. E será a sexta. Nem de longe a última.

terça-feira, 15 de julho de 2008

PKD

Philip K. Dick é o escritor mais foda que já tive o prazer de ler. E reler. E ler e reler e etecetera.

O livro mais recente que comprei, escrito por ele, é O Caçador de andróides, este mesmo, que inspirou a produção de Blade Runner, clássico dirigido por Ridley Scott.

A escrita de Philip Dick, tão idiossincrática, sem paralelos, trata Deckard, o caçador de andros, com muito mais humanidade que o filme. Talvez por isso eu não consiga parar de ler. Nem terminei e já sei que é outro clássico do autor.

Quem sabe, sabe. Quem não sabe, luta.

Outros livros do Philip K. Dick que comprei e recomendo: O homem duplo, O homem do castelo do alto, Valis, Minority report e outros contos, além do Caçador de andróides.

Todos sensacionais.

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Saciado

Eu deveria ter filmado.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

You can cum if you want, too.

O desabafo de ontem do William Bonner no Bordel Nacional teve um gosto, assim, como diria: de uma tonelada de bosta de vaca empurrada na goela do cidadão.

A credibilidade, tão alardeada pelo jornalista, no caso do Bordel Nacional, nada mais é que um sinônimo cafajeste para burrice. Nossa não, sua, não deles, porque eu não assisto esta imundície, só ouço os comentários.

Toda sociedade tem os políticos que merece. E os jornalistas, também.

Não é que eu seja "contra a Globo", ou aqueles papos socialistas inflexíveis. A Rede Globo tem presença forte na vida do indivíduo brasileiro, tem competência técnica pra deixar qualquer outra rede no chinelo. Só não tem conteúdo. Nem vergonha na cara, aliás.

Eu quero é que o William Bonner se foda, e vá dar meia hora de cu pro Kamel, pros Marinho, pra puta que o pariu, que não perco tempo com isso.

Quando eu digo que jornalista é uma raça de filha da puta, me recriminam.

Toscos.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Lei seca

Com o advento da tal lei seca, cabra agora tem que tomar táxi, busão, biscleta, etecetera e tal, pra evitar a multa ou mesmo prisão por dirigir inebriado.

Poderiam inventar o "governa a seco" também.

Assim evitaria esse desgoverno federal, que, única explicação a que cheguei, governa com a cabeça no rabo e cheia de cachaça.

segunda-feira, 7 de julho de 2008

Calabocado

Diz meu velho pai que "gente não é bicho que se crie em casa". Tem toda razão.

Por 2 anos eu trampei numa emissora de "telesão" lá em Manaus. Não digo onde porque a bandidos não se deve dar moral. Aliás, digo, foi na tv a crítica, pertencente ao clã Calderaro, a pinacoteca dos destrambelhados do Amazonas.

Mas não vou discutir a tv a crítica em especial. Aliás, não vou discutir porra nenhuma.

Vou apenas desabafar: jornalista é uma raça de filha da puta. Sim, eu sei, existem os bons profissionais, assim como existem bons profissionais em quaisquer áreas do conhecimento humano.

Mas vou repetir: jornalista é uma raça de filha da puta. Perde pra médico porque se o jornalista nos fode a informação, o médico já nos fode de vez a existência.

Não é só o jornalista, é o dono. O dono. Este é mais filha da puta que qualquer um neste mundo. O dono é sempre um filha da puta, seja lá do que for, afinal, proprietário.

É uma prerrogativa de dono ser filha da puta. De outra forma, como o mundo poderia sustentar a si mesmo ?

Não temos como base comportamental usar a sinceridade na comunicação, não importa o nível.

Estudei 4 anos de jornalismo, trampei 2 anos numa tv. Tudo pra descobrir que jornalista é uma raça de filha da puta.

Hoje trampo com TI, numa outra cidade.

Diploma de jornalista ? Por mim podem enforcar essa cambada, que eu cago.

domingo, 6 de julho de 2008

É dia

Amanhã será um dia de mudanças. Se tudo correr bem, a coisa engrena de vez e é aí que eu me curo desse banzo de vez.

Se bem que...

A cura do banzo é um trabalho pra vida inteira, pra minha vida.

Mas o amanhã traz um sabor de desconhecido que eu gosto muito.

E se esse não saber se tornar o que eu quero que se torne, então é fato. Vim pra sampa pra ficar.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Sweet lullaby

Nos vemos em outra vida.

Banzos de amor

Agora há pouco eu lembrei de alguns amores perdidos. Não com tristeza, não com melancolia, nem com saudades.

Só com um sorriso nos lábios.

Lembrei da puta que tirou meu cabaço, lembrei de outra puta, que me dava de graça, lembrei de uma amiga que eu tive e que só não fodia as orelhas porque não entrava, lembrei de outra amiga que eu tive, tímida e encabulada, até o momento em que eu enfiava minha língua nela, enfim, lembrei de uma penca de amigas, putas, amores.

A vida é bela mesmo. Bela, hedonista e salafrária.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Pipoca

O Fluminense pipocou nos pênaltis. Vergonha, hein, Renato Gaúcho.

quarta-feira, 2 de julho de 2008

O que que é isso ? Isso é uma brecha !

Como sempre, a Microsoft pisando fora da faixa.



terça-feira, 1 de julho de 2008

Ubuntu

Preciso aprender, já meti os peitos. Instalei o Ubuntu na minha segunda máquina, vou aprender mais rápido que foda de galo.

Chega de esperar. Quem tem colhão não espera, soca a bota na hora.

segunda-feira, 30 de junho de 2008

É Lampião, é ?

Morreu a Durvinha.

Holanda. País bom pra se viver.

Entre um e outro ?

Juma Marruá.

Padrão de comportamento

Às vezes eu não consigo compreender uma pessoa que não sofre ou nunca sofreu de depressão.

Aliás, não compreendo ninguém, nada.

Acho que o banzo afetou a minha capacidade de socialização.

Particularmente, foda-se, gente não é bicho que se crie em casa mesmo.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

"Digue" lá

Diga que sim, você fez merda, cagou o pau, arrebentou com tudo, pipocou, farofou, chame como quiser. Beleza.

Diga que sim, você é um merda, um bosta, um trolha, um viado escroto, um calopsita de alça-de-boquete, um boneco inflável. Beleza.

Diga que sim, você não sabe corrigir, não vai corrigir, não está nem aí, não quer saber, tá pouco se fodendo, cagando e andando, etecetera e tal. Beleza.

Diga isso, diga sim. Assuma a culpa, leve a bronca, pegue o beco, peça as contas. Beleza.

Vez ou outra é saudável chutar o cu do mundo e pagar pra ver. O blefe pode ser falso, também.

É assim que você aprende a respeitar a si mesmo.



quinta-feira, 26 de junho de 2008

Uma leve oscilação

É esta leve oscilação que perpetua minha agorafobia social. Um esquadro tectônico, pedra de quebrar cano. Carona de má vontade, queda de cabelo, espinha na cara, calos nos pés.

Uma juventude transviada embriagada de vida, fumando maconha e fodendo na frequência dos coelhos e na velocidade dos galos.

Meus pés doem. Os joelhos, as articulações, os ossos também.

Só o coração está sedado, como que velando sua própria escuridão, aninhado entre válvulas aortas, tortas, espirituais.

O coração está sedado e quando acordar um dia, trará consigo o inferno, montado num cavalo sem cor.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Amy Winehouse ?

Enfisema ? Crack ? Drugs ?

Foda-se, eu quero é saber de assistir Pantanal, tomar coca-cola e comer kibe.

Como já dizia Andy Dufresne, ocupe-se de viver, ou ocupe-se de morrer.

Cada um com sua ocupação, então.

About givin' up

Desistir, afinal, nunca pôs fim a porra nenhuma.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Pantanal III

Cláudio Nucci - Garça Branca

Quando é cheia no Pantanal
E a terra é espelho do azul
Jacaré em beira de rio
É peão a chorar o amor da morena
Que foi na chalana pra não mais voltar

Lua cheia no Pantanal
Coração pantaneiro é
Garça Branca em beira de rio
Bebendo da luz e o peão a sonhar
O amor da morena feita pra amar

Coração de bruacaré
Tuiuiú que não quer voar
Jardim velho que solta flor
Se a chuva do amor cair e lavar
O fundo da alma e a tristeza levar

terça-feira, 17 de junho de 2008

Pantanal 2

Aqui a música. Clique com o botão direito do rato, salvar como, selecione o local, salve, ouça e seja feliz.
Vacinada contra perebas, germes, padres, políticos, onças, pacas, tatus, cotia-não, ad eternum, ad seculorum, maktub e o caralho a quatro.

Aqui a letra.

Pantanal

Composição: Marcus Viana

São como veias, serpentes, os rios que trançam o coração do Brasil
Levando a água da vida , do fundo da terra ao coração do Brasil
Gente que entende, que fala a língua das plantas, dos bichos
Gente que sabe o caminho das águas, das terras, do céu

Velho mistério guardado nos seio das matas sem fim
Tesouro perdido de nós
Distante do bem e do mal
Filhos do Pantanal

Lendas de raças, cidades perdidas nas selvas do coração do Brasil
Falam os índios de deuses, que descem do espaço no coração do Brasil
Redescobrindo no espaço as Américas 500 anos depois
Lutar com unhas e dentes, pra termos direito as depois

Fim do milênio, resgates da vida, das garras, do mar

O futuro é tão verde e azul
Os filhos dos filhos dos filhos
Nossos filhos, verão

A terra é verde e azul
Os filhos dos filhos dos filhos
Nossos filhos, verão

segunda-feira, 16 de junho de 2008

27

O que mudou, agora que tenho 27 anos ?

Nada, a não ser a urgente necessidade de ganhar mais dinheiro.

sábado, 14 de junho de 2008

14 de junho

27 anos.

Hoje.

Parabéns pra mim.

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Pantanal

Até que enfim Silvio Santos pensou.

Reprise de Pantanal. A melhor idéia que surgiu na tv brasileira nos últimos 20 anos.

Espetacular.

Como fui quando criança, continuo louco pela Juma Marruá.

Velho do Rio, velho Leôncio, Almir Sater, Sérgio Reis, Ingrid Liberato (como era linda, puta que o pariu), Luciene Adami, Filó, entre tantos outros personagens, atores, atrizes, tudo se confunde naquela beleza absurda que é o Pantanal.

Lembra a minha terra, velha de guerra. Apaixonante.

sábado, 7 de junho de 2008

Mon ami

Se tem algo neste mundo que deveras me emputece, é sentir que sou usado. Pior é quando isso acontece com pessoas que eu considerava amigos ou amigas do peito.

Duas coisas me acontecem quando isto acontece. Fico com a impressão de ser um imbecil e bate a raiva surda de quem quis levar vantagem sobre mim.

Eu tenho um problema sério. Não consigo esconder meu ressentimento de uma pessoa. Se eu a encontro cara a cara, ou em algum instant messenger, é fatal que eu fale rápido, seja curto, grosso e evasivo.

É a resposta da minha personalidade à filha da putice.

sexta-feira, 6 de junho de 2008

CLT versus Cooperativa

Se for pra trampar clt do jeito cooperado, prefiro ficar no free-la, que ganho mais.

Devo ter alguma vocação esquecida pra me fuder na vida. Só pode ser.




Não, não estou fudido, mas estou perto de mandar algumas pessoas se foderem, isso sim.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Tá tá

A impressão que dá é a de se estar num oceano, separado dos continentes por meras e inseguras veleidades lógicas, temporárias e assíncronas.

A sensação do afogamento chega na velocidade da luz.

Insegurança é pior que a arrogância, na mesma proporção em que prometer e não cumprir é pior que mentir. Ou na mesma proporção em que, medindo a satisfação de um funcionário, sabe-se que o seu grau de contentamento é inversamente proporcional ao número de carcadas que ele toma por dia.

Tudo isto pra dizer que sim, eu estou progredindo a passos largos no trampo, mas que a insegurança ainda reluta em me abandonar, por uns motivos que prefiro avaliar antes de aloprar.

É como se enforcar com galho de goiabeira. Ou mata ou quebra-se.

terça-feira, 3 de junho de 2008

Pai Google's son

Answers.com

Espetacular.

Bom dia, bom dia

Eu trampo com análise de uma plataforma voltada para o mercado de relacionamento digital.

E eu achando que relacionamento digital fosse a forma mais rápida de convencer uma mina a sair do computador pra dar uma trepadinha.

Vivendo e aprendendo.

segunda-feira, 2 de junho de 2008

Estatísticas

De acordo com as estatísticas, hoje, segunda-feira, é um ótimo dia pra sofrer um infarto.

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Sessão "dicas de um escritor frustrado"

Palavras e expressões que você vai abandonar em seus textos, porque são muito escrotas:


  • extremamente;
  • mais pura verdade;
  • chuva torrencial;
  • calor infernal;
  • ou seja;
  • pois;
  • objetivar;
  • visar;
  • efetivamente;
  • mas também;
  • nem tampouco;
  • contudo, entretanto, todavia (use o "mas", ele é simples e bom de usar. Se precisar usar duas conjunções adversativas num mesmo parágrafo, mude o sentido de uma frase da negativa pra afirmativa). Fica muito melhor, vai por mim.
  • Evite usar o "não". Mude o sentido da frase ou utilize sinônimos fáceis de entender.

Exemplo:

Palavras e expressões que você não vai usar em seus textos, porque são muito escrotas.

Palavras e expressões que você vai abandonar em seus textos, porque são muito escrotas.

O não é uma palavra ruim de entender, dificulta sacar o sentido de uma frase. Evite.

Mais em breve.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Traffic shaping

Eu sou cliente do virtua, uso uma conexão de 4 megas. Meu limite mensal de downloads é 40 gigas. Tudo bem, vez ou outra eu estouro, mas essa não é a questão.

Traffic shaping. Não conhece o termo ? Você, que baixa arquivos por torrent ou peer-to-peer (P2P), que nem eu, vai aprender então que essa expressão está mais presente na sua vida que você imagina.

Seu provedor vai dizer que não faz isso. Mas a velocidade da sua conexão, enquanto você baixa por torrent, não vai mentir-lhe e dirá que, sim, os provedores cortam sua conexão, quando percebem que você está baixando arquivos por P2P ou torrent. Em suma, você paga e não consome o throughput real, porque, segundo eles, "consome banda".

Porra, se eu pago essa merda, é claro que eu vou consumir esta merda de banda. Se eles não conseguem manter as bandas dos outros usuários, que se fodam, não é problema meu, nem seu, nem de nenhum cliente desses cretinos salafrários.

Aprenda aqui como burlar essa prática desprezível, perpretada por esses provedores desgraçados.

E vida longa ao P2P, ao torrent e a todo tipo de troca de arquivos pela web, que premia a inteligência, o bolso e varre do planeta aquela concepção idiota que reza: "troca de arquivos pela internet é crime contra o autor".

A internet é um próprio selo, e este selo reza: "foda-se o autor". Quer ganhar dinheiro, vai vender, é problema seu. Mas me proibir de copiar para uso próprio, nem fodendo.

Já a pirataria sim, tudo bem, concordo.

Vale um adendo. Há quem diga que quem baixa arquivos pela internet e grava para assistir, ou ouvir, é pirateiro. Não é.

Diferenças: pirateiro não baixa arquivos. Ele os compra de alguém que os traz de fora do país (contrabandistas, do mesmo naipe do Law Kin Chong). As legendas são feitas aqui, por analfabetos.

Quem baixa arquivos, tipo eu, pra gravar em dvd e assistir em casa, tem o trabalho de:

procurar;
baixar;
verificar;
legendar;
embutir legendas;
recodificar;
criar menu;
gravar.

Portanto, me chamar de pirateiro é ofensa, e quem me ofende eu mando tomar no meio do cu e enfio a mão na cara.

Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.

P.S. Dizer que baixar pra gravar em casa tira dinheiro de quem teve o trabalho de produzir a obra (filme, música, etc), é um argumento falho por dois motivos:

1. quem baixa, geralmente já assistiu ou ouviu a obra antes. Já pagou para consumir.

2. quem é fã de verdade compra CD original e baixa assim mesmo pra ouvir no computador. A mesma coisa com filmes. Quando não compra, aluga pra copiar. Portanto, gastou dinheiro com a obra e pagou quem a produziu.

Finito.

terça-feira, 27 de maio de 2008

Reflexões matinais

- Sabe porque você é perigoso ?

- Porque pra você não existe amanhã.

Tô começando me sentir assim. E é muito bom quando isso acontece. Muito bom e muito ruim tudo ao mesmo tempo simultaneamente agora.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Mateus 11:28-30

"Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e meu fardo é leve."

Morte, morte, morte que talvez, seja o segredo desta vida.

Quando esse cara fala, eu calo.

Morreu o
Jefferson Peres. Era grosso, mal educado, mas era honesto e botava pra quebrar.

Descolei um headset da LivePerson que é sensacional. Na faixa.

Ser um bom profissional tem algumas compensações.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Constatação do cotidiano

Nesses últimos dias as coisas mudaram. Tou recebendo uns reconhecimentos inesperados aqui no trampo, e claro que isso sempre alimenta o ego.

Mas não é isso que faz efeito.

O que faz efeito é saber que, por mais que o banzo teime em me derrubar, eu sou mais cobra criada que ele.

terça-feira, 20 de maio de 2008

Bom senso

- If I am getting into a shit storm, I need to know where the wind blows.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Way the fuck off

Conduta de Risco

Eu era fã de George Clooney desde os tempos de
Plantão Médico (E.R.).

O cara é um puta ator do caralho. E Conduta de Risco é um puta filmaço do caralho.

E, claro, a trilha sonora do James Newton Howard é tão fodástica quanto o filme.

Não sai mais do meu tocador de mp3.

E o filme, do meu dvd player.

domingo, 18 de maio de 2008

Além da Linha Vermelha

- Você nunca se sente sozinho ?

- Só entre pessoas.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

TI

Tou postando aqui também, uma rede social na área da informática.

Ontem tive uma conversa muito do caralho, aqui no trampo. O tipo da conversa que define futuro.

Deus abençoa esse herege diariamente.

Se7en

Baixei, legendei, gravei e assisti. Seven.

Puta que o pariu. Eu havia esquecido como esse filme é espetacular.

Tudo que tem a mão do David Fincher na direção, atuação do Kevin Spacey e trilha sonora do Howard Shore é do caralho.

Tyler Durden, Keyser Soze e Terra-média.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Reflexão escalada

Hoje, no busão, vindo pro trampo, fiquei de frente pruma ruivinha, sempre cato o mesmo coletivo que ela. Uns olhões, vez ou outra me encarava. Não sei se pensava: "estuprador" ou "estivador", o fato é que ficou lá, me olhando fixo, no branco dos meus olhos.

Não me incomodei, já tou acostumado ser olhado assim, um cara estranho. Aí esbarrei no pé da mina, sem querer e claro, pedi desculpas com um leve sorriso.

A mina me devolve um sorriso tímido e diz com uma voz muito adocicada: "magina, não foi nada."

Na hora pensei, um estalo quebrou meus neurônios: "não se conhece mesmo as pessoas."

Essa reflexão veio a mim desta forma porque desde que comecei no novo trampo, tenho uma sensação esquisita no estômago. Eu achava que era por eu ser cooperado, não CLT. A área da informática tem exigido muito isso, ou cooperado ou PJ. E não há segurança de trampo, não há vínculo empregatício, não há uma série de benefícios CLTistas. Há outros benefícios ( o salário é bem maior ), e tal.

Mas hoje, vindo pro trampo, de cara pra ruivinha, me toquei que não é essa a razão. Trampei 5 anos como free-la e, quem já foi free-la sabe que esse tipo de trampo é o mesmo que ser um cachorro sarnento nas ruas. Um dia tem. Noutro não. Então estou acostumado a esse estilo de trabalho.

Aí, raciocinando sobre os últimos acontecimentos, me liguei que é um puta alívio ter essa insegurança. É preciso ter disciplina e competência, e no dia que eu quiser vazar, mando todo mundo tomar no cu e dou o pira. Não dá nada.

Então cheguei à raiz do problema: tem um programador aqui, que acho não vai muito com a minha cara. Não sei o que fiz a ele, vai ver porque vez ou outra solto um palavrão ou porque ele é caga-pau mesmo, mas o fato é que ele é cupincha da diretoria. E, isso, ao invés de me deixar inseguro, me deixou aliviado. Porque se ele me queimar, eu sei que ele tem medo de mim. E se não me queimar, então ele será apenas mais um zé buceta com quem terei que lidar no dia a dia.

E toda essa reflexão veio dos olhos claros da ruivinha no ônibus.

De fato, devo tudo que aprendi nessa vida às mulheres, essas tesudas gostosas.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Last wish

Não sou do tipo que fica pensando em morte, morte, morte. Quando a morte vier, pronto, acabou-se. Portanto não hei de me preocupar com isso.

Mas se eu pudesse escolher o local da minha passagem, se eu pudesse escolher onde cair morto, por assim dizer, seria num lugar desse tipo aí, na foto.

Um lugar de paz, bonito, inspirador, quase espiritual. Seria do caralho morrer aí. Fazer as pazes com o Criador num local desses facilitaria bastante o fluxo de idéias. Facilitaria a idéia da viagem só de ida.

Facilitaria o entendimento do que é, de fato, a eternidade.



quinta-feira, 8 de maio de 2008

Mais Amazonas



Dormi muito em barco, tendo essa visão como pano de fundo. Há coisa melhor ?









Tipo de lugar bom pra pescar. E trepar, também.












Vista comum nos rios.










Andei muito por esses flutuantes. A comida é supimpa. Jaraqui frito, com baião de dois, farofinha, coca-cola de vidro e nada mais.









Outra vista comum nos rios do Amazonas.

Manaus, Amazonas


Av. Djalma Batista. Morei aí perto dessa esquina muitos anos.

Esse Mac faliu. Ainda bem, era uma bosta.








Há alguns anos isso aí era habitado por putas, travecos, trombadinhas e taxistas.

Hoje é o Entorno do Teatro Amazonas.








Vista aérea com pontos de referência. Conheço todos, grazaDeus.







Manaus, vista do rio Negro.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

Boyz n the hood

This is my fucken town. Fuck off, you.







Manaus é linda. Tristemente linda.

Solimões, velho de guerra

Mais um naufrágio no Solimões.

Quando é que esses "comandantes" vão aprender a não colocar barco interditado, sem condições de navegação, pra atravessar o Solimões ? Ou qualquer outro rio ?

Porra, será que só eles não sabem que o rio é difícil, traiçoeiro e mata quem vacilar ?

Eu já nadei no Solimões, muito. No rio Negro também. Já levei pancada de bôto no Encontro das águas, nos cascos de um velho jet ski que eu pilotava.

Eu, que não manjo chongas de navegação, sabia me portar e respeitar o Solimões porque ali, nego velho, você marca, você morre. Basta um redemoinho ou um toco de árvore e você já era, vai pro fundo, vira comida de candiru, piraíba, pirarara, entre outros.

A ganância é uma merda. E custa caro, zifio, zifia. Custa caro.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Pop-quiz

Você sabia que o teclado do seu computador pode ser mais sujo que a privada em que você caga ?

Você sabia que comer unha não faz mal pro estômago e não causa apendicite ? Comer mulher fresca, isso sim.

Você sabia que medicamentos anti-depressivos broxam sua jeba ?

Você sabia que Don Siegel dirigiu Elvis Presley em Flaming Star ? Aliás, puta filmaço.

Você sabia que camisinhas eram feitas de tripas de carneiros, antigamente ?

Você sabia que o tempo não passa quando se trampa num pós-feriado-antes-de-sábado ? Pois é, agora eu sei.

sábado, 26 de abril de 2008

VM #01

Ok, é um mico. Sim, estou com vergonha. Minha voz não é agradável. Mas essa foi uma forma diferente, embora nada original, de compartilhar um pouco da minha paixão pela música.

Portanto, é com muito desgosto que lhes apresento a primeira edição do Verborragia Musical. Nessa estréia, teremos um som mais relaxante, com pitadas estranhas e conhecidas.

Para os que ousarem escutar e, quem sabe, até se interessar por uma ou duas músicas do set, aqui vai a lista:

Bloco 1
1-Addie Brick/Plaid - Bonded
2-Four Tet/Rothko - Rivers Become Oceans
3-Nightmares On Wax - Fire in the Middle

Bloco 2
1-Jazzanova - Another New Day
2-Air - All I need
3-Zero Seven - Give It Away

Como esse é um espaço democrático "bragarai", esperamos críticas ou sugestões em nosso e-mail: verbomusical@gmail.com. Até a próxima!

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Rinha de galo

Fale o que quiser dele. Que é um desonesto, mentiroso, filho da puta, torturador de animais, oscambau.

Mas que ele é foda, isso não se pode negar.

www.blogdoduda.com

quinta-feira, 24 de abril de 2008

R & R

Pra quem não sabe, R & R é a sigla para Rest and Recreation, utilizada pelo exército norte-americano para as folgas dos milicos.

Não tive R & R ultimamente, tipo nos últimos 10 anos, vai.

Já M.I.A. não me falta. Missing In Action.

Melhor que ser K.I.A. Killed In Action.

Que tal FUBAR ? Fucked Up Beyond Any Recognition.

Prefiro mesmo ser essa metamorfose ambulante.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Nem tudo pode ser perfeito

Ontem me bateu banzo. Já sei qual é a do banzo. Rola quando eu vejo um filme triste, ou leio um livro triste, ou lembro de alguma coisa triste.

Bem, tristeza há pra todos nos caldeirões da vida, mas enchi o saco. Eu sempre gostei de filmes densos, hoje já não posso assistir um mais sombrio porque o banzo me ataca. Não posso ler um livro triste porque o banzo me ataca. Sou um prisioneiro das minhas próprias lembranças porque o banzo me ataca.

Assim é difícil viver.

quarta-feira, 16 de abril de 2008

We are the vandals

Puta falta de tempo...

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Imitando o Catarro

Dica de literatura.

Mein Kampf. Não leia, é uma bosta.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Cubículo

Hoje à tarde...

Brigadeiro - Paraíso

- Não impeça o fechamento das portas do trem. Evite atrasos.

Paraíso - Sé

- NÃO IMPEÇA O FECHAMENTO DAS PORTAS ! Isso causa atrasos em todos os trens !

Sé - Marechal Deodoro

- PUTA QUE O PARIU, VOCÊS SÃO SURDOS, CARALHO ?! NÃO IMPEÇAM A PORRA DO FECHAMENTO DO CARALHO DAS PORTAS DESSA BOSTA DE TREM, CACETA !

O dia a dia pralgumas pessoas definitivamente não é fácil...

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Estudos

De acordo com as estatísticas, hoje, segunda-feira, é um ótimo dia pra sofrer um infarto.

domingo, 6 de abril de 2008

Anxiety

Trampo novo, sem tempo pra visitar os amigos. Ainda estou nervoso, dá um frio na barriga, espero me dar bem lá. Preciso me dar bem lá. Ou me dou bem, ou me fodo.

Não há escolha, há ?

Mas há sim, uma coisa boa: um sentimento de desapego. É gostoso sentir isso. Como se houvesse uma espécie de capa, um sentido de coisa-nenhuma, que me ampara e dá-me forças. Como se não houvesse esperanças para minar meu ânimo.

As brasas da fogueira realmente animam o espírito.

domingo, 30 de março de 2008

Pela criação de uma nova sigla

Depois de mil anos sem "bostar", chegou o momento de fazê-lo e, muito provavelmente, conquistar alguns desafetos com esse meu texto. Lembro, alguns meses atrás, ter aberto o UOL e visto as manchetes rapidamente. Entre crises políticas, escândalos financeiros e tantas outras coisas, um link me chamou atenção: Alexandre Pires diz que não é pagodeiro e que toca MPB. Calma, se você está se perguntando se ouço pagode, já me adianto. A resposta é não.

Mesmo assim, lá foi o mouse. Um clique e a entrevista estava diante dos meus olhos. Não a li, passou batido. Fui direto ao fórum de discussão sobre o assunto. Fiquei passada com inúmeros protestos de gente que não se conformava com a declaração do mineiro. Como se autoproclamar cantor de MPB fosse uma heresia, um pecado mortal.

Música popular brasileira. Pelo que me lembre, esse é o significado da tal sigla. No entanto, parando pra pensar, a realidade é bem diferente. Os cantores que são classificados como ícones da MPB, na verdade, não alcançam a totalidade do público. Seus admiradores se concentram numa classe segmentada, um pouco mais elitizada (pelo menos eles se sentem assim).

São poucos os que guardam todo o repertório de Chico Buarque em suas mentes. Igualmente raros são aqueles que sabem as letras de algum álbum clássico de Caetano Veloso, na gloriosa época da Tropicália. Enquanto isso, a massa continua escutando sertanejos, pagodeiros, funkeiros e outros “eiros”. Então seria errado classificá-los também como populares? Basta uma música do Djavan na trilha da novela das oito para que ele seja pop? Há uma grande diferença entre ser conhecido e ser popular

Quero que entendam, não é meu objetivo misturar todos os gêneros na panela do diabo. A segmentação existe, isso é um fato. Só queria saber porque os ritmos realmente populares são ignorados como MPB. Se alguém tiver a resposta, por favor, me passe. Ou, então, pensemos na criação de um novo gênero. Vamos bolar uma nova sigla. Pois falar que MPB é Tom Jobim e sua trupe é tão estranho como achar que o Leonardo é sertanejo.

sexta-feira, 28 de março de 2008

Em breve

Há uma demora nas postagens do Verborragia ansiosa por pura falta de tempo, ou você acha que eu e Tia somos vagabundos ?

Portanto, não se desespere. Em breve, mais uma novidade bloguística aqui no Verbo.

Fique ligado e de orebas abertas. Literalmente.

quarta-feira, 26 de março de 2008

News

Consegui trampo novo. O dobro do salário, um dia a menos na semana.

Deus abençoou esse herege.

Em homenagem a Ele, não escreverei palavrões nem falarei nem pensarei em sexo, hoje.

P.S. Mas só hoje.

terça-feira, 25 de março de 2008

Tarsila

Eu não ia postar hoje, mas, depois de ler algumas matérias sobre aquela mãe que foi ensinar o filhote a dirigir na via Dutra, decidi que preciso escrever só uma coisa.

Cresci numa família que hoje seria considerada desajustada. Meu pai, sobre quem escrevi aí embaixo, toda vez que me via em uma situação em que eu sentia medo e não queria continuar, dizia: "precisa ir, precisa perder o medo". Era assim quando me jogava no rio e dizia: "bate as pernas e os braços, porra!" ou quando me punha na bicicleta, me aprumava, dava um puta empurrão e gritava: "equilibra, porra!". Coisas desse tipo. Hoje, se me jogarem no meio dum rio, eu chego nadando em qualquer margem, se me puser numa bicicleta eu cruzo o planeta terra inteirinho sem pôr as mãos no guidon. Com carro, a mesma coisa. Me ensinou a dirigir em um Landau. Quem conhece carros sabe qual é. É uma puta banheira que tem de comprimento o tamanho de 2 carros de passeio. Hoje, se duvidar, eu dirijo trator, caminhão, qualquer coisa com rodas.

O sentido desse pôste aí é que, um dia, quando eu tiver a minha filha (ou meu filho), serei como meu velho pai. O tipo do cara que cria o filho pro mundo, não pra si mesmo. Cria o filho pra vencer na vida, não pra se acovardar e morrer dentro de um escritório qualquer, tomando esporro de chefe e achando bonito.

Prender a mãe porque pôs o filho pra dirigir na via Dutra ? Pois eu digo, pelo menos ela estava com ele. E ela assumiu que tava mesmo ensinando o moleque a dirigir. Prendê-la ? Por quê ? Porque "desobedeceu" uma lei de trânsito. Ah, vá se foder.

Prendam Maluf, Kassab, Amazonino, Eduardo Braga, Lula, Dirceu, Genoíno, Azedo, Belão. Prendam esses aí, são eles que merecem arma na cabeça e algema nos pulsos.

Quem concorda com a prisão dessa mulher na certa foi criado por pais conservadores, chatos, frescurentos e na boa, seria um puta pai ou mãe chato(a) do caralho também.

Certas coisas não engulo mais. Deve ser a idade. Releve.

quinta-feira, 20 de março de 2008

Meu pai pai

Hoje é aniversário do meu velho pai. O filho da puta está lá em Manaus e eu aqui em sampa, não poderei nem dar-lhe um abraço.

Mas posso deixar-lhe um beijo e lembrar dos bons momentos que passei ao lado dele, tipo encontrar um jacaré morto no meio do rio e eu, pequeno ainda, sentir medo que o bicho estivesse fingindo. Até hoje meu velho solta gargalhadas histéricas quando lembra disso.

Ou posso lembrar de quando enchia o saco do meu pai pra ele tirar o gesso que me cobria meio tronco quando quebrei a clavícula esquerda. Ele tirou, fomos dar uma volta de carro na Ponta Negra, pinta uma velha no meio da rua, ele soca o pé no freio e lá vou eu de ombro (esquerdo) no painel do carro. Além dum puta esporro do médico, ele teve que me aturar engessado e enchendo o saco de novo. E o que ele fez ? Tirou o gesso de novo.

Ou posso lembrar de quando caiu uma bicicleta no meu dedão do pé e ele, muito prestativamente, pegou uma lâmina de barbear e cortou minha unha em 4 pedaços, tirou um por um, o sangue preso escorreu e minha unha cresceu normal depois.

Ou ainda, posso lembrar de quando eu, pivete ainda, enchia o saco dele por uma lancha de brinquedo. Enchi tanto o saco que ele mandou levar em casa uma lancha. De verdade. A Barbarella (o lance do jacaré aconteceu quando a gente passeava nela). Eu liguei imediatamente pra ele e soltei: "pô, pai, tu é doido, eu não tenho força pra puxar isso não!". Hoje, quando lembra disso, o fidiputa também solta sonoras gargalhadas.

Ou ainda posso lembrar de quando ele me levava nos puteiros, me deixava comendo churrasco nos colos das putas e ia pegar as primas nos quartos.

Ou posso lembrar de coisas menos agradáveis, que não escreverei aqui porque é aniversário dele e porei panos quentes.

Há muitas outras coisas que eu poderia lembrar, tipo ele me ensinando a nadar no meio do rio (me jogava e ia me buscar quando eu tava afogando), me ensinando a andar de bicicleta (me punha numa, empurrava e eu caía de cara na areia), me ensinando a dirigir (punha almofadas no banco, sentava ao meu lado, acendia um cigarro e dizia: "pisa"), etecetera, etecetera e tal.

Bem, um feliz aniversário pro meu velho, beijo, abraço e tudo de bom.

Porque ele, indiscutivelmente, merece.

sábado, 15 de março de 2008

Uma estrada em três atos

Em Clube da Luta, o Narrador (Edward Norton) diz, a certa altura:


"Perder todas as esperanças é encontrar a liberdade."

Tomo a vez da Tia pra postar algo que vem me cercando ultimamente: sensações. Aquelas que se tem quando nada dá certo, ou quando tudo acontece numa descida nauseante e a vertigem é só a sobremesa de toda a salada emocional. Ou quando se trava numa trilha da estrada que se tem a percorrer e não se sabe que caminho seguir.

E, matutando sobre as tais sensações, me vejo dividindo a time line da vida em três atos distintos. Não excludentes, não únicos, mas distintos.
Um deles é a provação.

Quando Andy viu a grade fechar a cela onde deveria dormir o resto de sua vida, pergunto-me o que sentiu: raiva, desespero ou qualquer outro sentimento dilacerante. É uma sensação familiar. Não a grade fechando sua vida, mas o espaço diminuto para a sua liberdade, para a justiça coexistir conosco em um mundo fadado ao desespero. Não se tem para onde ir ou para onde voltar.

Tem-se exemplos clássicos nas artes: Capitães da Areia, O labirinto do Fauno e a lista é longa. O que se tem em comum aqui é a parede fechando-se sobre você. O peso nos seus ombros, o fôlego entrecortado e a completa desesperança.

Eu, pessoalmente, passei por isso. Por isso só posso falar de mim, não especificamente. A sensação é universal, sentir-se impotente, desesperado, destinado ao fracasso pessoal, social, emocional. Há um fio de coragem, como uma corrente alternada, que dá forças para prosseguir. É o que difere os fracos dos fortes. A anuência total com a tragédia e a falta de hábito para largar-se e esperar o fim do mundo. É como o boxe: se entra no ringue para apanhar, para sentir dor. É uma concepção ao contrário, antinatural.

E, quando se está, para usar um clichê famoso, no fundo do poço, é que vem a vontade de subir. Aquela injeção de ânimo que corre nas veias como ácido de bateria.

A superação.

Quando se acua um animal selvagem, a única coisa que ele pode fazer é virar-se para você e atacar. Não há saída. Não há escapatória. Só resta uma coisa fazer: tornar seus últimos minutos com vida, memoráveis.

É neste estado em que me encontro. Não que eu vá atacar alguém ou pedir a Deus viver bem meus últimos minutos. Fala-se aqui do encontro da desesperança com a perseverança. Acabam-se a tensão, o desespero. Num outro clichê, é o que se chama de hora da verdade. Onde separam-se os meninos dos homens, como gostam os norte-americanos. Esquecer a cabeça e agarrar-se aos culhões, como diria Nick Conklin.

Trampo, relacionamento, dificuldades financeiras. Tudo é motivo para embarcar nesta jornada de agonias. Não há muito que se descrever este capítulo, é uma espécie de leitura dinâmica, rápida, rasteira e incongruente.

Normalmente é um estágio em que se perde o medo de falar certas verdades, não se está nem aí, não se quer saber, soca-se a bota e toca-se o barco.


A redenção.



O momento mais sublime a que se pode aspirar. Não é a resolução de todos os problemas, na verdade traz mais alguns, só que junto também traz a verve do artilheiro, aquela pessoa que vence não porque é o melhor e sim porque aproveitou as oportunidades, ganhou terreno e foi em frente.

Ainda não cheguei nesse ato, luto para alcançá-lo em breve.

É como disse de fato, o Narrador.
"Perder todas as esperanças é encontrar a liberdade."

sexta-feira, 14 de março de 2008

A classe média brasileira é a que mais paga imposto sobre rendimentos em relação a todos os países da América do Sul. Para chegar a essa conclusão, levantamento realizado pela Ernst & Young baseou-se na comparação do valor salarial a partir do qual o cidadão brasileiro começa a pagar a alíquota máxima aplicada pela Receita Federal: 27,5%. Canal Executivo.

Pra quem não sabe, alíquota é um percentual aplicado sobre a base de cálculo do fato gerador do tributo. Ou seja, é um valor estipulado, jogado sobre o total bruto (base de cálculo) do teu suado salário. Estipulado pelos legisladores, pelos senhores, pelos homens do colarinho branco, deve-se acrescentar.

Em suma, é uma forma de tirarem sua grana sem você chiar. Pros detratores do "capitalismo selvagem", só se pode dizer que é melhor ser roubado do que você tem, que mendigar por aquilo que você precisa.

E, como diz Cláudio Ricardo, eu sou rico pra caralho ! Você me rouba um relógio, eu compro dois !

quinta-feira, 13 de março de 2008

Se eu fosse a Tia Sam



Se fosse americana, talvez pesasse uns quinze quilos a mais. Tomaria um breakfast reforçado com bacon, ovos mexidos e um suquinho de laranja básico... olha o cuidado com a saúde! Mas, claro, tomaria um mega coffee em seguida, só pra dar uma animadinha na manhã. Comeria hambúrgueres todos os dias, pediria o maior copo de Coca. Me acabaria com os donuts, lamberia os dedos e nem teria necessidade de trabalhar na polícia para isso.

Se bem que... já imaginou? Colete à prova de balas, uma super Glock nas mãos. “Parado! FBI!” Nossa, tremi! É, acho que até trabalharia na polícia, mas só se fosse no “éfi-bi-ai” e tenho dito. Talvez tivesse que adotar o coffee descafeinado. Afinal, não deve ser fácil pegar um grande político com as calças arriadas. Veja o caso do pobre Eliot Spitzer: governador de Nova Iorque, uma carequinha em ascensão e olhinhos azuis tristes de dar dó! Não é que o cara teve que se demitir?

Spitzer se meteu com uma rede de prostituição, gastando milhares de “dolêtas” com garotas de fino trato. Esse valor pode chegar a US$ 80 mil, ou seja, R$ 135 mil aproximadamente. Aí bate aquela pergunta: será que a grana saiu dos cofres públicos? Se fosse americana, estaria decepcionada. Quem, em sã consciência, gastaria os trocados dados pelo povo em coisas assim tão... tão... humanas? Ainda bem que estamos no Brasil e aqui isso não acontece.

Se fosse americana, seria democrata, não tenho dúvida. Mas não sei se votaria no Obama. Magrinho, negro, inteligente... não tem experiência em escândalos sexuais. Não posso me esquecer, sou mulher. Dá-lhe Hillary! Loira, poderosa, absoluta! E tem aquela experiência que todos sabemos. A mulher é casada com Bill Clinton: foi duas vezes presidente, toca sax, é “amigo” do Jô e tem aquele sorrisinho meigo de canto. E digo mais, sabe muito bem o que fazer com um charuto, sem precisar de uma agência de prostitutas. É do povo, se contenta com uma simples secretária.

É, tá decidido, se fosse americana, votaria em Clinton. Talvez isso me livrasse do risco de acompanhar mais um grande escândalo, mesmo com o velho Bill em seu
humilde papel de “primeiro damo”. Mas, como estou no Brasil, só posso acompanhar as notícias pela TV e web. Enquanto isso, relaxo e gozo. Por aqui as coisas estão sempre tranqüilas mesmo...

Natimorto

Nasce agora o Verborragia ansiosa, fruto do trabalho de duas pessoas díspares, inteligentes, humildes e tenebrosas.

Um blogue nascido na tosquice, pra ser mesmo tosco, fosco e mal ajambrado.

Vida longa ao rei ! Vida longa ao rei ! Vida longa ao rei !